Páginas

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A S T R O N O M I A - OBSERVANDO O CÉU - PERGUNTAS E RESPOSTAS

OBSERVANDO O CÉU ...
PERGUNTAS E RESPOSTAS!


Na nossa postagem anterior(se você quiser ver ou rever a postagem clique nesse link),

DICAS PARA QUEM QUER ADQUIRIR O SEU PRIMEIRO EQUIPAMENTO

falamos de ferramentas para observar o Céu. Mas antes mesmo de começar a usar essas ferramentas,(binóculos, lunetas e telescópios) é bom aprender a entender um pouco mais sobre o assunto. Então, aqui no Sopro Solar, irei colocar algumas postagens sobre esse tema, direcionadas ao público iniciante que poderá ser interessante também aos já iniciados nessas observações. Hoje falarei sobre alguns equívocos que costumam acontecer no plano da observação astronômica. 
Vamos a eles: 

Para alguns amadores, alguns acontecimentos no céu são bem corriqueiros, como a passagem de satélites ou de meteoros. Porém, não é todo mundo que tem o costume de estudar mais a fundo o que acontece acima de nossas cabeças e, por isso, que essas pessoas acabam cometendo alguns erros. Por mais simples que esses equívocos sejam, é sempre bom esclarecer para que eles não sejam passados para frente.

Pois olhar para o céu é o passatempo de muitas pessoas ao redor do mundo, e se você está querendo fazer parte desse "seleto" grupo, você não precisa ser um astronauta ou funcionário da NASA. Pois saiba que existem centenas de astrônomos amadores que dedicam várias de suas noites a observar os astros e estudar um pouco mais sobre o Universo. Seja você também um deles!

Ver pela primeira vez um Planeta por um Telescópio:

Coloração dos planetas

O sentimento de frustração é muito comum ao olhar um planeta pela primeira vez em um telescópio amador. Normalmente as pessoas vão preparadas para ver o que as fotos mostram: cores vistosas e aumentos espetaculares. Sim, os planetas são coloridos, mas pelo telescópio elas aparecem mais fracas, dando a impressão que o astro está desbotado.




As imagens que você encontra na internet normalmente são tratadas com dezenas de filtros e efeitos para destacar algumas características dos planetas. Além disso, as fotos da NASA, por exemplo, são tiradas por telescópios muito mais potentes do que aqueles usados por astrônomos amadores.


Então como saber que você está vendo um planeta? A forma esférica do objeto não deixa dúvida de que se trata de um planeta. Além disso, alguns astros possuem características bem distintas, como os anéis de Saturno ou as faixas e luas de Júpiter.




Todo cometa é visível a olho nu?
Não. Os cometas nada mais são do que bolas de gelo sujo que orbitam o Sol. Quando estão próximos à estrela principal do Sistema Solar, o núcleo do cometa é afetado pelo vento e pela radiação solar, fazendo com que a cauda se forme. Quando iluminada pelo Sol, essa cauda fica mais visível, mas nem sempre ela é grande o suficiente para que o objeto seja visto a olho nu.
  

É verdade que dá para ver satélites artificiais a olho nu?

Sim, e eles parecem estrelas “correndo”. Com o telescópio é mais difícil ver um satélite artificial passando, pois além de eles cruzarem o céu a uma velocidade aparente considerável, com o telescópio você enxerga uma área menor da abóboda celeste, fazendo com que as chances de um objeto passar ali sejam pequenas. Nesse caso o mais indicado seria um binóculo ou mesmo a olho nu em condições climáticas favoráveis e longe da luzes das cidades. 



Além dos satélites, também é possível ver a Estação Espacial Internacional

e os ônibus espaciais passando. Existem sites como o Heavens-above.com que trazem a data e o horário em que alguns satélites e a ISS cruzarão o céu da sua região.



 

No verão é mais quente porque estamos mais perto do Sol?

Não! Esse erro é muito comum, mas o afélio (época em que a Terra está mais longe do Sol) e o periélio (quando o planeta está mais próximo do Sol) nada têm a ver com as estações do ano. É a inclinação da Terra que faz com que haja períodos quentes e frios em épocas diferentes para cada hemisfério.
Essa inclinação faz com que uma dada região receba menos radiação solar do que a outra. Isso interfere no clima do planeta e dá origem às quatro estações que conhecemos. O início de cada estação é definido por dois fenômenos astronômicos, chamados de “solstício” (para o verão e o inverno) e “equinócio” (para a primavera e o outono).

As manchas solares são erupções no Sol?


Justamente o contrário. As manchas observadas na superfície do Sol são, na verdade, as regiões mais frias e de menor pressão da fotosfera do astro. Enquanto a superfície solar pode chegar aos 6.000 oC, na área das manchas a temperatura varia entre 1.500 oC e 2.000 oC. O surgimento dessas áreas frias está associado ao campo magnético da estrela.

Estrela cadente existe?



Claro que existe, mas o nome correto é meteoro (ou meteorito). Trata-se de fragmentos de cometas e outras matérias que ficam vagando pelo espaço e são atraídos pela força gravitacional da Terra. Quando atinge a atmosfera do nosso planeta, os pequenos viajantes tornam-se incandescentes, dando origem ao efeito luminoso do meteoro. Em uma noite limpa e bem escura, é possível ver muitos meteoritos cruzando o céu; basta prestar atenção.

E por que a chuva de meteoros não “chove”?

As chamadas chuvas de meteoro acontecem quando há um aumento na quantidade de meteoritos cruzando o céu. Em uma noite comum, dentro de uma hora é possível ver cerca de cinco objetos do gênero. Nas chuvas, você consegue observar até doze meteoros em 60 minutos.

                                    ***  **  ***  **  ***   *   *** **  ***  **  ***

Se você não sabia disso por não ter a Astronomia(ainda) como atividade cotidiana, agora já pode contar para outras pessoas e ajude a acabar com alguns mitos. Se mesmo assim você tiver mais dúvidas a respeito do assunto, aproveite para deixá-las no espaço destinado aos comentários, que iremos responde-las com todo prazer. 




Todas as imagens, filmes e etc são
marcas registradas dos seus respectivos proprietários.


Um abraço e até o próximo Post
 

SOPRO SOLAR                                               

O blog de quem curte Ciência e Ficção Científica.   

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

DICAS DE TELESCÓPIOS PARA QUEM QUER OBSERVAR O CÉU

DICAS PARA QUEM QUER ADQUIRIR O SEU PRIMEIRO EQUIPAMENTO
Para observar o céu...
Muitas pessoas, quando ouvem falar de Astronomia, estrelas, planetas, constelações, cometas, eclipses e chuvas de meteoros, suspiram e pensam: puxa, pena que não sei nada sobre isso, nem mesmo sou capaz de acompanhar nada disto. A astronomia é algo completamente inacessível para mim.
Pois bem, a verdade é que a maioria dos objetos celestes são acessíveis.

E como devo começar ?
As pessoas que resolvem começar a observar o céu, geralmente acham que devem começar logo com um telescópio, de preferência o maior possível. A verdade é bem diferente: é melhor começar com seus próprios olhos e com uma carta celeste.
( Binóculos e telescópios para observadores do céu – Alan M. Mac Robert)

1. Introdução
Muitas pessoas interessadas em Astronomia conhecem um pouco do assunto por livros, mas jamais pensaram que podem realmente observar corpos celestes, porque pensam que isso fosse possível apenas pelos cientistas.
2. Começando com binóculos

Binóculos são os melhores instrumentos para começar porque são simples de se usar. Um binóculo não inverte as imagens como os telescópios, e observa uma grande área do céu ao mesmo tempo, tornando fácil de achar o que se procura observar. Bons binóculos revelam muitas coisas que as pessoas pensam que exigem um telescópio, como crateras, montanhas e planícies da Lua, planetas, estrelas duplas e variáveis, aglomerados estelares, nebulosas e galáxias.
O conhecimento ganho sobre observação do céu e capacidade de leitura de mapas celestes …
Os binóculos são muito mais baratos que um telescópio, e muito mais fáceis de carregar e guardar.
De fato, um bom binóculo proporciona um grande ganho …
    2.1 Iniciando
.         O maior problema com os binóculos é segurá-los sem que tremam em suas mãos.
    2.2 Escolhendo seu binóculo
         Qualquer instrumento ótico ajudará a observar o céu melhor do que apenas o olho nu, e qualquer binóculo, mesmo pequeno, já é de grande ajuda para iniciar a observação do céu. Mas alguns tipos de binóculo são melhores que outros.
A variedade de tipos e modelos no mercado é enorme. O tipo básico de binoculo é o de prisma …
Poder de aumento. Todo binóculo possui dois números gravados, como 8×50, por exemplo. O primeiro número é o poder de aumento. O segundo é o diâmetro da lente objetiva (frontal) em milímetros. Normalmente, os iniciantes acham que os binóculos que proporcionam maior aumento são os melhores o que não é verdade.

Um dos maiores trunfos dos binóculos (em Astronomia) é a conjugação de um bom poder de captação de luz com um campo visual extenso. E isto é tão interessante que foram desenvolvidos telescópios especiais de acordo esta exigência: são os RFT (Richest Field Telescopes), nos quais a ampliação utilizada está próxima do mínimo compatível com a sua abertura. São estas as condições necessárias à observação de campos de estrelas, enxames estelares abertos, algumas nebulosas e galáxias. A função do binóculo, em Astronomia, não é a de "aumentar muito", mas sim a de permitir ver melhor, dando-nos uma panorâmica muito luminosa. Por isso, a galáxia da Andrómeda, vista com um binóculo, revela-se magnífica num céu escuro, mas ainda observável, mesmo por quem esteja numa cidade como Brasília.

Só em poucos casos é que a ampliação do binóculo se torna um parâmetro importante (observação da Lua, de Júpiter e dos seus 4 maiores satélites, separação de estrelas duplas etc.). E mesmo assim devemos ser moderados. Um bom (e necessariamente caro) binóculo de 30x poderia ser uma alternativa a considerar para estas observações, mas não é. Neste caso, um pequeno telescópio de 60 a 100 mm de abertura e qualidade suficiente será mais barato e mais eficaz do que esse superbinóculo.

3. Escolhendo seu telescópio
Cedo ou tarde, todo astrônomo amador iniciante enfrenta um momento de decisão: devo comprar um telescópio? Como fazer?
Este é provavelmente o passo mais crítico que você pode fazer quanto a este hobby. Escolha bem, e o telescópio lhe abrirá uma era de noites agradáveis explorando o céu. Escolha mal, e o telescópio lhe trará frustração e desilusão, sendo eventualmente vendido nos classificados de jornal, como “em excelentes condições, pouco usado”.
Como tomar a decisão certa? Isto depende mais de você do que do telescópio. Se você mora em um apartamento no centro de uma cidade grande ou se você mora em uma fazenda em uma cidade da periferia, se você prefere observar estrelas e planetas, ou se você prefere observar galáxias, o dinheiro que você pode ou quer gastar, o peso que você pode levantar, a sua experiência em observar o céu, o tempo que você tem para gastar com este hobby, tudo isto conta.
A característica mais importante de qualquer telescópio é a abertura. A abertura é o diâmetro da lente principal ou do espelho principal (depende do tipo de telescópio), o qual é igual à largura do tubo do telescópio. É a abertura que determina o brilho e a definição de qualquer coisa que você observar. Geralmente, as pessoas pensam que a magnificação, ou poder de aumento, é o mais importante em um telescópio, o que está errado. O poder de aumento depende da ocular que você coloca no telescópio.
Uma ocular é a pequena lente removível, pela qual você olha ao telescópio. A maioria dos telescópios vem com muitas oculares, e podem ser compradas separadamente. Você pode utilizar, em um pequeno telescópio de 60 milímetros …
Em todo caso, os menores aumentos são mais fáceis de usar e proporcionam as observações mais interessantes.
Assim, como a abertura do telescópio é tão importante, você pode pensar que a escolha de um telescópio é fácil; é só escolher o de maior abertura que puder comprar. Mas as coisas não são assim tão simples. Se um telescópio é tão grande que é difícil transportá-lo para um local adequado, e se é complicado e demorado para montá-lo, ele raramente será usado. Talvez, com um telescópio pequeno, você acabe observando mais coisas do que com um telescópio grande. Mesmo para telescópios de mesma abertura, alguns designs são mais portáteis, alguns proporcionam imagens mais definidas, e outros são mais econômicos.

     3.1 Tipos de telescópios

     Existem três tipos básicos de telescópios: o refrator, o refletor e o catadióptrico. Cada um tem suas forças e fraquezas, as quais deverão se adaptar ao seu estilo de vida e interesses de observação.
IRefratores são telescópios com tubos longos e relativamente finos, com uma lente objetiva na frente, que coleta e focaliza a luz. Os telescópios refratores disponíveis no mercado podem variar desde os de boa qualidade até os muito ruins. Os telescópios disponíveis em lojas de departamentos geralmente são os piores, com péssima qualidade ótica e montagem tão ruim que dificilmente um deles consegue apontar para alguma coisa com precisão. Nesse caso, seria melhor investir em um binóculo de boa qualidade. No entanto, também é possível encontrar telescópios de boa qualidade no mercado, desde que armado de uma certa persistência.

Vantagens – os refratores são mais resistentes, precisam de pouca ou nenhuma manutenção, e seus tubos são selados, o que evita poeira e correntes de ar internas. Se as lentes forem de boa qualidade, proporcionarão imagens definidas e de alto contraste, o que é especialmente desejável para a Lua e os planetas.
Desvantagens – Em geral, os refratores possuem pequena abertura, tipicamente entre 6 e 10 centímetros. Para muitos propósitos astronômicos, isso é muito pouco. Os objetos escuros, como galáxias e nebulosas, aparecerão muito fracos, se você for capaz de detectá-los. O refrator inverte a imagem da esquerda para a direita, tornando difícil compará-la com os mapas celestes. E telescópios refratores custam mais, por centímetro de abertura, do que os outros tipos de telescópio.
IIRefletores usam um espelho grande e curvado, ao invés de lentes, para colher e focar a luz. Você observa a imagem obtida através de uma ocular colocada em um lado do tubo próximo ao topo. O design mais popular para este tipo de telescópio é o Newtoniano.

Vantagens – é o telescópio mais barato por centímetro de abertura. É simples o suficiente para ser construído em casa. Como contém dois espelhos, a imagem que proporciona não é invertida. Este telescópio possibilita a adoção de montagem mais estável.
Desvantagens – refletores requerem mais cuidado e manutenção. O tubo é aberto para o exterior, possibilitando acúmulo de poeira nos espelhos. Os espelhos necessitam de ajustamentos ocasionais, para que sejam mantidos em alinhamento perfeito, em um procedimento simples mas um pouco tedioso. Durante as observações, correntes de ar dentro do tubo (que é aberto) até que a temperatura de dentro do tubo se iguale à do ar circundante.
III - Catadioptricos ou telescópios compostos utilizam lentes e espelhos ao mesmo tempo. O design mais popular para este telescópio é o Schmidt-Cassegrain

Vantagens – o design do Schmidt-Cassegrain proporciona uma portabilidade e conveniência muito maior que qualquer outro telescópio, para aberturas maiores (ou seja, um refletor ou refrator de mesma abertura é bem maior, mais pesado e delicado).
Desvantagens – a imagem formada por um Schmidt-Cassegrain nunca parecerá tão definida quanto a formada por um bom refletor com a mesma abertura, especialmente quando se observa planetas. Seu custo é maior do que o de um refletor da mesma abertura. Um espelho de ângulo reto geralmente é usado para proporcionar mais conforto para a observação, e isto significa que a imagem é invertida da esquerda para a direita, como num espelho.
Abertura (mm)
Magnitude
limite
Resolução
(segundos de arco)
Maior aumento útil
60
11,6
2,0
120x
80
12,2
1,5
160x
100
12,7
1,2
200x
125
13,2
1,0
250x
150
13,6
0,8
300x
200
14,2
0,6
400x
250
14,7
0,5
500x
320
15,2
0,4
600x
355
15,4
(0,33)
(600x)
400
15,7
(0,30)
(600x)
445
15,9
(0,27)
(600x)
Atenção: a interferência da atmosfera da Terra impede que se obtenha boas observações com aumento de imagem superior a 600 vezes, e compromete a obtenção de aumento na resolução.
Abertura – diâmetro da lente ou espelho principal do telescópio, em milímetros.
Magnitude limite – magnitude da estrela mais escura que o telescópio é capaz de mostrar.
Resolução – é o menor ângulo no céu que o telescópio é capaz de distinguir.
Maior aumento útil – maior poder de aumento ou ampliação que o telescópio é capaz de dar.
3.2 Montagens
Um bom telescópio perde muito das suas qualidades se não possui uma boa montagem. Pequenas imperfeições serão transformadas em um terremoto com qualquer aumento que você utilizar.
Existem duas montagens telescópicas básicas: a equatorial e a altazimutal.


A montagem equatorial é desenhada para que você possa acompanhar o movimento das estrelas com facilidade. Caso o telescópio seja apontado para uma certa estrela, e permanecer parado, a estrela “sairá” do campo de visão da ocular em um minuto ou menos, graças ao movimento de rotação da Terra. Algumas montagens equatoriais vêm acompanhadas de um motorzinho, para seguir o movimentos das estrelas automaticamente. No entanto, esta montagem precisa sempre ser alinhada com o pólo celeste no início de cada sessão de observação para que tudo funcione adequadamente.
A montagem altazimutal permite que o telescópio seja movimentado para cima e para baixo com um controle, e para os lados, com outro. Para acompanhar o movimento de uma estrela no céu, é necessário manipular os dois controles ao mesmo tempo. Um tipo de montagem altazimutal que é simples, leve e barata é a dobsoniana, adequada para telescópios refletores de grandes dimensões.


Marca
Abertura
Tipo
Montagem
Preço
Orion
2,4
Refrator
Altazimutal
200
Meade
2,4
Refrator
Equatorial alemã
280
Celestron
3,1
Refrator
Altazimutal
550
Tasco
3,1
Refrator
Equatorial alemã
600
Meade
4
Schmitt-Cassegrain
Equatorial em forca
800
Celestron
4
Refrator
Equatorial alemã
1250
Meade
4,5
Refletor
Equatorial alemã
380
Tasco
4,5
Refletor
Equatorial alemã
450
Celestron
4,5
Refletor
Equatorial alemã
550
Celestron
6
Refletor
Equatorial alemã
900
Meade
8
Refletor
Equatorial alemã
800
Meade
8
Schmidt-Cassegrain
Equatorial em forca
1150
Celestron
8
Schmidt-Cassegrain
Equatorial em forca
1800
Parks
8
Refletor
Equatorial alemã
2200
Meade
10
Refletor
Equatorial alemã
800
Coulter
17,5
Refletor
Dobsoniana
1150 

Fonte: GEA - por Marcos Boehme - adaptação Sopro Solar.

Todas as imagens, filmes e etc são
marcas registradas dos seus respectivos proprietários.


Um abraço e até o próximo Post
 

SOPRO SOLAR                                               

O blog de quem curte Ciência e Ficção Científica.   

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

POR QUE NÃO SENTIMOS OS MOVIMENTOS DO NOSSO PLANETA TERRA?

A VIAGEM DO NOSSO PLANETA!

Entendendo melhor...

vimos que a Terra se movimenta pelo espaço a grande velocidade. Agora faça uma pergunta a si mesmo: você consegue sentir os movimentos da Terra?
Se formos pensar apenas em nossa experiência de vida, nós não sentimos nenhum tipo de movimento da Terra. Existem alguns experimentos que mostram que a Terra possui movimentos, mas em nosso cotidiano, vemos quase tudo ocorrer como se a Terra estivesse em repouso. Poderíamos então nos perguntar:
Por que não sentimos os movimentos da Terra?
 
Para responder a essa pergunta, vamos pensar em outros exemplos em que não sentimos movimentos. Imagine que você está em um ônibus de viagem bem confortável, com as janelas fechadas com cortinas, mantendo a mesma velocidade durante a viagem e em uma estrada reta e sem buracos. Imagine então que você pega no sono nesse ônibus e de repente acorda. Você acha que seria capaz ter ideia da velocidade do ônibus sem olhar pela janela?
Nós costumamos “sentir” o movimento de um ônibus por causa das constantes mudanças de velocidade, das irregularidades nas pistas etc., mas se viajássemos em um veículo mantendo a mesma velocidade e em linha reta, nós não sentiríamos esse movimento. Se as janelas estivessem fechadas com cortinas, como na imagem abaixo, não teríamos nem ao menos como saber se o ônibus estaria em movimento ou em repouso.
Figura 21
 Pessoa dormindo dentro de ônibus. O ônibus está em movimento ou em repouso?
Podemos pensar em exemplos melhores que o do ônibus em que não sentimos o movimento. Em um vagão de metrô, no meio entre duas estações, a viagem se dá em linha reta e a velocidade praticamente não muda, por isso, podemos até deixar nossas mãos soltas sem cairmos. Em aviões comerciais, entre a decolagem e a aterrissagem, a velocidade se mantém praticamente constante e o movimento é feito em sua maior parte em linha reta, por isso os passageiros podem tirar os cintos de segurança e andar pela cabine sem sentir a grande velocidade do avião, que pode chegar a 900 km/h em aviões a jato.
Figura 22
Mesmo dentro de um avião em movimento, a comissária de bordo não precisa se apoiar em nada para ficar em pé, e o lanche não cai de sua bandeja.
Quando viajamos em um veículo mantendo a mesma velocidade e em linha reta, tudo dentro dele permanece com a mesma velocidade (essa tendência recebe o nome de lei da inércia). Isso significa que os objetos dentro de em veículo nessas condições, como as poltronas, o motorista etc., não se movimentam uns em relação aos outros, ou seja, eles permanecem parados EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS DENTRO DO VEÍCULO.
Da mesma forma, podemos considerar que a Terra viaja sempre com a mesma velocidade e, para nós, com trajetória aproximadamente reta. Desse modo, nós viajamos no “veículo Terra” sem sentirmos seu movimento.

Quando estamos em um carro mantendo a mesma velocidade e em LINHA RETA, não sentimos seu movimento.

Entretanto, quando o veículo FAZ UMA CURVA, nos sentimos empurrados no sentido oposto ao da curva. Sabemos que a Terra realiza um movimento circular (movimento de rotação), ou seja, podemos considerar a Terra como um “veículo” fazendo uma curva. Então podemos nos perguntar: porque não sentimos os efeitos do movimento circular da Terra, como em um carro? Na verdade, nós SENTIMOS os efeitos do movimento circular da Terra, mas são efeitos tão pequenos que não percebemos. Podemos considerar que, para nós, a Terra realiza curvas “muito abertas”, ou seja, o movimento da Terra é aproximadamente retilíneo. Apesar disso, o movimento circular da Terra tem influência em grandes movimentos e movimentos com grandes velocidades, como os movimentos das correntes de ar e de aviões. No caso das correntes de ar, por exemplo, o movimento circular da Terra pode produzir uma circulação do ar, gerando aquilo que chamamos de ciclones.


Todas as imagens, filmes e etc são
marcas registradas dos seus respectivos proprietários.


Um abraço e até o próximo Post
 

SOPRO SOLAR                                               

O blog de quem curte Ciência e Ficção Científica.   

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

ONDAS GRAVITACIONAIS - ENTENDA O QUE SÃO DE UMA FORMA FÁCIL

O que são ondas gravitacionais?



As ondas gravitacionais são pequenas ondulações provocadas no tecido do espaço-tempo quando um corpo com massa é acelerado. Elas podem ser comparadas às ondas que se formam na água após o arremesso de uma pedra. O deslocamento de um corpo com massa se dá após acontecimentos muito violentos, como uma colisão de galáxias e a fusão de dois buracos negros.

Conforme a Teoria Geral da Relatividade, do físico alemão Albert Einstein, o espaço e o tempo se fundem numa nova dimensão, o espaço-tempo. O espaço-tempo é deformado por corpos com massa, por exemplo, como um colchão é deformado pelo corpo de uma pessoa.

Quando um corpo com massa se acelera, ele forma ondas gravitacionais, pequenas ondulações no tecido do espaço-tempo que o distorcem.
Um corpo com massa pode ser posto em movimento, ou acelerado, por um acontecimento de grande impacto, por exemplo, após a explosão de uma estrela, a fusão de dois buracos negros ou o Big Bang, a grande explosão que deu origem ao Universo.
 
As ondas gravitacionais se propagam à velocidade da luz. Ao contrário das ondas sonoras ou da luz, elas se propagam sem sofrer desvios – o espaço-tempo é que se altera quando elas passam.
As ondas gravitacionais foram descritas há cem anos por Einstein.
 
Nota:
Entendendo Melhor...
          Na teoria, dá para viajar no tempo, segundo Albert Einstein, tudo no Universo se move a uma velocidade distribuída entre as dimensões de tempo e espaço. Para um corpo parado, o tempo corre com velocidade máxima. Mas quando o corpo começa a se movimentar e ganha velocidade na  dimensão do espaço, a velocidade do tempo diminui para ele, passando mais devagar. A 180 km/h, 30 segundos passam em 29,99999999999952 segundos. A 1,08 bilhão de km/h(velocidade da luz) , o tempo não passa.
 
Por que a comprovação da existência delas é tão importante?
 
A comprovação da existência das ondas gravitacionais encerra a busca por provas de uma parte importante da teoria de Einstein, a única que ainda não havia sido provada.
A certeza de que as ondas gravitacionais de fato existem altera a compreensão que os cientistas têm do Universo, principalmente de conceitos fundamentais, como espaço, tempo e gravidade.
Se as ondas gravitacionais podem ser detectadas, isso permite ampliar os conhecimentos sobre estrelas, galáxias e buracos negros distantes, com base nas ondas por eles produzidas.
Ondas gravitacionais formadas pelo Big Bang poderiam fornecer novos conhecimentos sobre como o Universo se formou.

Indiretamente, a existência das ondas gravitacionais também amplia os indícios de que os buracos negros, que nunca foram observados, de fato existem.
Elas também permitem uma melhor compreensão da natureza da gravidade, já que, na teoria de Einstein, a gravidade é um fenômeno resultante da deformação (curvatura) do espaço-tempo por um corpo com massa.
 
Como os cientistas medem as ondas gravitacionais? 
 

O observatório Ligo (Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory), nos Estados Unidos, foi fundado em 1992 e fracassou nas suas primeiras tentativas de comprovar a existência das ondas gravitacionais.
A tecnologia mais recente, porém, é quatro vezes mais sensível do que as anteriores e pode comprovar ao menos alguns tipos de ondas gravitacionais, aquelas mais comuns.
A tecnologia do Ligo consiste de dois detectores ultrassensíveis, distantes cerca de 3 mil quilômetros um do outro. Um fica em Livingston, no estado da Luisiana, e o outro, em Hanford, Washington.
 
Os dois observatórios possuem dois túneis idênticos, em forma de L, com quatro quilômetros de comprimento cada um.
 
Os pesquisadores enviam, ao mesmo tempo, um raio laser em cada um dos túneis. Os raios batem no final do túnel e retornam ao ponto de início. Se, ao se encontrarem, as cristas e os vales das ondas do raio laser se anularem, é porque nenhuma deformação do espaço-tempo (ou seja, nenhuma onda gravitacional) pôde ser medida.
 
Se, porém, as cristas e os vales das ondas do raio laser não se anularem, é porque o espaço-tempo foi deformado por uma onda gravitacional (na prática, os túneis ficaram mais longos ou mais curtos durante a passagem da onda gravitacional, já que o espaço-tempo foi deformado).
 
Essa deformação é a comprovação da existência da onda gravitacional.
A existência de dois observatórios permite aos cientistas comparar informações, como horário e direção de uma onda gravitacional.
O Ligo não é o único observatório capaz de medir ondas gravitacionais. Em todo o mundo há mais de 70 organizações capazes de fazê-lo.
 
Por que demorou tanto para se comprovar a existência delas?
Basicamente porque elas são muito difíceis de serem medidas, pois, quando chegam até a Terra, a amplitude delas já é muito reduzida – menor do que o núcleo de um átomo. Assim, são necessários detectores muito sensíveis para medi-las.
 
O próprio Einstein duvidava que seria possível comprovar a existência das ondas gravitacionais por elas serem muito pequenas ao chegarem à Terra.





 Fonte: Deutsche Welle e Terra

Todas as imagens, filmes e etc são
marcas registradas dos seus respectivos proprietários.


Um abraço e até o próximo Post
 

SOPRO SOLAR                                               

O blog de quem curte Ciência e Ficção Científica.   

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

COLÔNIA RUSSA...

OS ESTADOS UNIDOS PODEM TER COLOCADO O PRIMEIRO HOMEM NA LUA, MAS CIENTISTAS E EXPLORADORES ESPACIAIS RUSSOS ESTÃO AGORA DE OLHO EM UM NOVO OBJETIVO: A CRIAÇÃO DE UMA COLÔNIA POR LÁ!


 A descoberta de túneis vulcânicos em nosso satélite poderia fornecer um abrigo natural para a primeira colônia lunar, disseram cosmonautas e cientistas russos.
Pesquisadores já suspeitavam que o passado vulcânico da Lua deixou uma rede subterrânea de túneis de lava, e imagens de 2008 da sonda japonesa Kaguya mostraram um caminho possível - um misterioso e profundo buraco surgindo na superfície.



"Esta nova descoberta de que a Lua pode ser um corpo poroso pode alterar significativamente a nossa abordagem de fundar bases lunares", afirmou o cosmonauta veterano Sergei Krikalyov, que dirige o centro de treinamento russo Cidade da Estrela (foto), nos arredores de Moscou, durante um fórum sobre o futuro dos voos espaciais tripulados.



"Se realmente for confirmado que há uma série de cavernas lunares que podem fornecer alguma proteção contra a radiação e chuvas de meteoros, ela poderia ser um destino ainda mais interessante do que se pensava", disse ele.

Uma imagem de tendas infláveis pontilhando a paisagem lunar ajudou os participantes do fórum a imaginar as bases lunares. "Não haveria qualquer  necessidade de escavar o solo e construir paredes e tetos", disse Krikalyov. "Seria o suficiente usar um módulo inflável com uma casca dura exterior,
falando a grosso modo, para vedar as cavernas".

"A primeira dessas colônias lunares poderia ser construída em 2030", estimou Boris Kryuchkov, chefe-adjunto de ciências no centro de treinamento.

Como as agências espaciais do mundo debatem para onde voar além da órbita inferior da Terra, incluindo missões no espaço para asteroides e Marte, o chefe de programas de voos espaciais tripulados da Agência Espacial Europeia (ESA) disse que a Lua também parecia atraente. "Na ESA, ainda há um foco muito forte na Lua. Poderia ser um primeiro passo natural lá", disse Martin Zell à Reuters.

Fonte: Reuters.

Todas as imagens, filmes e etc são
marcas registradas dos seus respectivos proprietários.


Um abraço e até o próximo Post

SOPRO SOLAR                                               

O blog de quem curte Ciência e Ficção Científica.