Páginas

terça-feira, 3 de maio de 2016

OLHE PARA O CÉU - PARTE 2



PODEMOS IR EM FRENTE...
Agora você já passou pelos passos de como iniciar na observação do céu a olho nu e com binóculos, podemos ir em frente, mas antes é importante para que o astrônomo amador não se frustre e acabe desistindo da atividade. A observação com equipamentos é melhor aproveitada se a pessoa já tiver estudado o suficiente para identificar aquilo que está vendo. Caso contrário, ela se decepciona, pois não reconhece nem entende o que vê. Como foi falado no post anterior para aprender a conhecer o que se está observando, é importante ter um Planisfério - espécie de mapa celeste em forma de disco que indica a posição das estrelas de acordo com o hemisfério, data e horário da observação - os novatos na atividade devem aprender a identificar e localizar as principais constelações. Vide maiores explicações a respeito do planisfério
nessa publicação <<Olhe para o Céu - Parte 1 >>. No final dessa postagem dessa postagem, encontra-se mais detalhes de como montar um planisfério.













Partindo do ponto que você já passou pelas etapas anteriores, iremos falar de como iniciar as observações com Telescópios. Eles variam muito em tipos, dimensões e preços.
Para os que estão começando(que é a razão desse post) e vão comprar o seu primeiro equipamento, o mais indicado é um REFLETOR (que usa um espelho no lugar da lente objetiva), com uma abertura de aproximadamente 120mm e distância focal entre 750 e 900mm.
O preço pode variar de R$ 1.000,00 a R$ 1.500,00.

Um equipamento desse tipo multiplica consideravelmente as possibilidades de observação. Com ele, o iniciante já consegue focalizar bem os astros e ver com detalhes  os anéis de saturno, estrelas múltiplas (que a olho nu parecem apenas uma, mas na verdade são duas, bem próximas), estrelas variáveis (cujo brilho varia com o tempo), as crateras e montanhas da Lua e uma infinidade de corpos celestes.

A abertura é a característica principal de um telescópio, pois determina a entrada de luz, elemento crucial na formação de uma imagem nítida. Quanto maior a abertura,
maior, melhor e mais caro será o instrumento. Já a distância focal, menos importante, define o poder de ampliação das imagens. Sua medida corresponde à distância
requerida por uma lente ou espelho para focalizar a luz.O firmamento acima de nossas cabeças é um patrimônio para toda a humanidade. Temos sorte de viver num mundo onde a atmosfera não nos impede permanentemente de contemplar as estrelas. Fazemos isso há milênios, e hoje nem nos damos conta do quanto progredimos graças à observação do firmamento.
Veja os tipos e mais detalhes de Telescópios AQUI!

Mas como reencontrar as maravilhas que os nossos antepassados tanto admiraram no céu? Como reconhecer as constelações, localizar os planetas e saber com antecedência sobre os melhores eventos celestes do mês? Bem, é para isso que serve este post do SOPRO SOLAR!

Dicas para observar o céu noturno:

O MEIO mais fácil de reconhecer as constelações é descobrir duas ou três estrelas mais facilmente identificáveis e usá-las para encontrar outros grupos de estrelas
do céu. As TRÊS MARIAS são um bom começo. Esse famoso asterismo celeste forma a cintura do caçador Órion, uma constelação bem visível nas noites de verão do Brasil.

Acompanhe a gravura abaixo. De um lado das Três Marias é fácil reconhecer uma estrela de brilho avermelhado. Pronto! Você achou Betelgeuse, uma das maiores estrelas
na nossa galáxia. Do lado oposto estará Rigel. Uma linha através das Três Marias o leva a estrela Aldebaran, em Touro, e de lá para outro famoso asterismo, as Plêiades
(também conhecidas como Sete Irmãs). Indo para o lado oposto você acha Sírius, a estrela mais brilhante de todo o céu. Como observar o céu PARTINDO DE ÓRION.  Alinhamentos a partir de estrelas conhecidas podem ser muito úteis para encontrar constelações que você ainda não conhece.




PARTINDO DE ÓRION  Alinhamentos a partir de estrelas conhecidas podem ser
muito úteis para encontrar constelações que você ainda não conhece.
Novas retas imaginárias o ajudarão a chegar a outras constelações e reconhecer mais estrelas. Use um planisfério celeste para aprender mais rápido. E não se confunda com os planetas! Eles são astros errantes, ora ficam do lado de uma estrela, ora as abandonam e seguem seu caminho.
Por estarem muito mais perto de nós que as estrelas, os planetas se movem noite após noite por entre o céu estrelado. Para encontrá-los siga estas dicas:

  • Planetas não cintilam como estrelas, a menos que estejam próximos do horizonte ou sejam observados sob uma atmosfera turbulenta/poluída.
  • Planetas seguem o mesmo caminho no céu por onde passaram o Sol e a Lua, chamado eclíptica. Você nunca verá o planeta Marte, por exemplo, perto do Cruzeiro do Sul.
  • Planetas são objetos extensos quando vistos numa luneta com magnificação de pelo menos 40 vezes (as estrelas sempre aparecem como pontos). Com uma luneta você distinguirá as fases de Vênus, o disco avermelhado de Marte, o sistema de satélites de Júpiter e os anéis de Saturno.
  • Imprima e use mapas celestes on line, Eles fornecem a posição atual dos planetas no céu. Assim você não corre o risco de confundi-los com estrelas, especialmente se ainda não adquiriu experiência.

Escolhendo o lugar  sempre que você for observar o firmamento, especialmente quando em busca de objetos de céu profundo como galáxias e nebulosas, é preferível deslocar-se para locais afastados, longe das luzes da cidade. Visite um local apropriado durante o dia e confira as condições de segurança e mobilidade, para que à noite você saiba o quanto pode se deslocar em volta do seu telescópio. Você será capaz de enxergar mais estrelas quando seus olhos se adaptarem à escuridão, normalmente após uns vinte minutos sem luz artificial por perto. Ao consultar mapas e acessórios use uma pequena lanterna com o refletor encoberto com papel celofane vermelho. Finalmente, apesar da Lua ser um dos astros mais fascinantes para observação astronômica, a luz do luar dificulta a visibilidade dos objetos mais débeis. Por isso, se o seu objetivo não é a própria Lua, procure observar nas noites sem luar. 


Usando um mapa do céu muitos dos milhares de pontinhos de luz que vemos a noite no céu têm nome, classificam-se dentro de grupos maiores e todos seguem uma harmoniosa ordem universal. A descoberta do céu noturno é acessível a qualquer um de nós – e sempre vem acompanhada da mais pura satisfação.




    A seguir será fornecido atalhos para três tipos de mapas que poderão lhe ajudar na identificação dos objetos celestes. 


    A primeira  carta celeste é o “Your Sky” de John Walker (abaixo), com diversas possibilidades de configuração e um mapa mais apropriado à impressão em preto e branco. Mas será preciso inserir manualmente as coordenadas geográficas da sua localidade. Se você está no Brasil clique aqui para pesquisar por essa informação. 

    Latitude:
     Norte  Sul
    Longitude:
     Leste  Oeste

      O Segundo (abaixo) está configurado para as capitais do Brasil e as principais cidades de Portugal, sendo gerado pelo “Heavens-Above”, de Chris Peat. Basta selecionar a cidade e o mapa será exibido numa nova janela. Mas se você vive numa localidade que não consta das listas acima visite, neste mesmo site, a página Meu céu, onde você encontrará mapas do céu e outras informações sob medida para qualquer localidade do mundo.





      E a última opção é útil quando se pretende observar do quintal de casa ou da janela do apartamento, ou seja, com o computador por perto: acesse Neave Planetário http://neave.com/planetarium/ e clique no botão para começar a explorar. Um mapa celeste interativo e com visual bastante agradável lhe mostrará o céu daquele momento, conforme a localização escolhida.



      • Não esqueça os planisférios celestes Ao contrário das cartas on line, eles não fornecem a localização de um planeta, mas lhe ajudarão muito para que você se familiarize cada vez mais com o céu noturno. 
      • Planisphere 2.0
        Download de um software que gera planisférios para diversas latitudes. Também em versão on line
      • Planisfério celeste do Tio Al
        Download do planisfério traduzido para o português do Uncle Al’s Star Wheels para o hemisfério sul. 
      • Planisferio SKA
        Download do arquivo (em inglês), produzido na África do Sul pelo Karoo Array Telescope

      Depois de adquirir seu primeiro telescópio e explorar as possibilidades de observação que eles oferecem, os astrônomos amadores tornam-se experientes o suficiente para escolher seus próximos equipamentos, para observar o céu com mais autonomia e, quem sabe, até realizar alguma descoberta.


      Outro caminho possível é se aventurar na astrofotografia, atividade que requer um bom tempo de estudo. Braz Jr., astrofotógrafo iniciante, conta que é preciso um longo processo até que o astrônomo esteja pronto para a atividade. "O ideal é estudar muito, aprender a observar o céu com telescópios e só então partir para o uso das câmeras". 
      Mas isso será assunto para outro post.
        Agora outros links para auxiliar nessa aventura:
        Sky Maps  
        Google Sky  
        Sky View Café  
        Celestial Observer  






        Todas as imagens, filmes e etc são
        marcas registradas dos seus respectivos proprietários.
        Um abraço e até o próximo Post

        SOPRO SOLAR                                               

        O blog de quem curte Ciência e Ficção Científica.   

        Nenhum comentário:

        Postar um comentário

        SOPRO SOLAR, o blog de quem curte Ciência, Astronomia, Ficção Científica e Conhecimento Aliado à Diversão.
        Deixe o seu comentário.